Castelo de Ourém
Constantemente observado por D. Nuno Álvares Pereira, o Castelo
de Ourém ergue-se no alto da cidade, obrigando a subir uma íngreme ladeira que
atravessa a parte velha de Ourém. Reza a história que o nome do concelho surgiu
graças a uma moura, de nome Fátima, que se apaixonou por um cavaleiro e se
converteu ao cristianismo, adoptando o nome de Oureana.
D. Afonso Henriques conquistou o primitivo castelo aos mouros,
em 1136. Mas o actual castelo, de planta triangular, só foi edificado em 1178.
Formado por três torres num perímetro triangular, tem no centro
do seu terreiro uma enorme cisterna ogival, alimentada por uma fonte de água.
A torre virada a noroeste denomina-se “torre de D. Mécia”, por
ali ter estado retirada a rainha com o mesmo nome, esposa de D. Sancho II.
Do lado norte do Castelo está o amplo Terreiro de S. Tiago, que
no seu centro tem a estátua de D. Nuno Álvares Pereira, o terceiro Conde de
Ourém, que daqui terá partido para a famosa Batalha de Aljubarrota.
No lado sul, voltado para o Castelo, eleva-se o Paço do Conde D.
Afonso, seguido de dois imponentes torreões. Tanto o Paço como os torreões, são
testemunhos de uma arquitectura invulgar, de inspiração veneziana, que une a
função palaciana e militar.
O crescimento da procura deste espaço, por parte da população,
levou ao alongamento das muralhas de modo a envolverem a vila, das quais ainda
ficaram as Portas da Vila e as Portas de Santarém.
Foi o conde D. Afonso, neto de D. João I, que transformou o
castelo em Paço residencial. E foi também ele que mandou construir, à entrada
da vila, a fonte gótica com pedra de armas.
O Castelo foi parcialmente destruído no terramoto de 1755, bem
como a parte velha da vila.
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