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Blog criado para mostrar Fotografias que vou tirando por este mundo fora.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Pela Batalha










Mosteiro da Batalha

Dir-se-ia obra de bordadeiras, tal é a intensidade do rendilhado da pedra de lioz do Mosteiro da Batalha, símbolo marcante da Dinastia de Aviz, um dos melhores exemplos da arte gótica portuguesa e uma das obras mais importantes da nossa arquitectura.






Mandado construir em cumprimento de um voto de D.João I a Santa Maria da Vitória pela derrota dos castelhanos em Aljubarrota em 1385, as obras iniciaram-se em 1388, data da entrega aos Monges Dominicanos, sob a direcção do mestre Afonso Domingues e mais tarde de Huguet, prolongando-se até ao século XVI.
A visita começa pelo pórtico principal, conjunto escultórico mais importante do Mosteiro que reflecte a corte celestial. Recortado por seis arquivoltas decoradas por anjos, profetas e reis de Judá, as estátuas dos 12 apóstolos assentes nas mísulas dos colunelos e mostrando no tímpano Cristo rodeado pelos quatro evangelistas no gume do arco Cristo coroa a Virgem, sendo o conjunto encimado pelos escudos de D. João I e D.Filipa.
O templo em forma de cruz latina é dividido em três naves por majestosas colunas com cerca de 30m de altura, adossada no lado direito a Capela do Fundador, mandada erigir por D. João I para seu panteão e sucessores. Como curiosidade, além dos fundadores, o Infante D.Henrique é o único que apresenta baldaquino por cima do túmulo, podendo-se lá ler o seu e actual lema da Escola Naval: «Talant de bien faire».
Percorrida a Igreja chega-se ao transepto iluminado por um belo conjunto de vitrais, remontando os mais antigos ao século XV. Após adquirir o bilhete de acesso, entra-se para a zona conventual e para o Claustro de D. João I ou Real, local que alguns defendem como a origem do Manuelino com destaque para os arcos que em 1515 foram decorados por colunelos encimados por bandeiras com motivos ao estilo da época. À volta deste claustro acede-se à Sala do Capítulo, com a sua célebre abóbada, prodígio de engenharia medieval, onde está depositado o túmulo do Soldado Desconhecido; o Dormitório ou Adega dos Frades, com a entrada emoldurada por um traço de cordas; a Fonte dos Frades e defronte o Refeitório, com o seu púlpito das leituras, hoje espaço museológico da Liga dos Combatentes; a Cozinha, actual loja do IPPAR.






Passa-se ao Claustro de D. Afonso V, feito por Fernão Évora e o primeiro com dois pisos em Portugal. Sai-se então para terreiro, antigo Claustro de D. João III, incendiado pelos Franceses, alcançando-se as Capelas Incompletas ou Imperfeitas. Destinavam-se a um segundo panteão régio, por indicação de D. Duarte, não tendo sido completas por dificuldades arquitectónicas. Impõe-se uma visita exterior ao Mosteiro, com realce para a emblemática porta sul do transepto e os arcos botantes da Igreja e Capela do Fundador.











domingo, 25 de dezembro de 2011

Por Ourém



Castelo de Ourém




Constantemente observado por D. Nuno Álvares Pereira, o Castelo de Ourém ergue-se no alto da cidade, obrigando a subir uma íngreme ladeira que atravessa a parte velha de Ourém. Reza a história que o nome do concelho surgiu graças a uma moura, de nome Fátima, que se apaixonou por um cavaleiro e se converteu ao cristianismo, adoptando o nome de Oureana.
D. Afonso Henriques conquistou o primitivo castelo aos mouros, em 1136. Mas o actual castelo, de planta triangular, só foi edificado em 1178.
Formado por três torres num perímetro triangular, tem no centro do seu terreiro uma enorme cisterna ogival, alimentada por uma fonte de água.
A torre virada a noroeste denomina-se “torre de D. Mécia”, por ali ter estado retirada a rainha com o mesmo nome, esposa de D. Sancho II.
Do lado norte do Castelo está o amplo Terreiro de S. Tiago, que no seu centro tem a estátua de D. Nuno Álvares Pereira, o terceiro Conde de Ourém, que daqui terá partido para a famosa Batalha de Aljubarrota.
No lado sul, voltado para o Castelo, eleva-se o Paço do Conde D. Afonso, seguido de dois imponentes torreões. Tanto o Paço como os torreões, são testemunhos de uma arquitectura invulgar, de inspiração veneziana, que une a função palaciana e militar.
O crescimento da procura deste espaço, por parte da população, levou ao alongamento das muralhas de modo a envolverem a vila, das quais ainda ficaram as Portas da Vila e as Portas de Santarém.
Foi o conde D. Afonso, neto de D. João I, que transformou o castelo em Paço residencial. E foi também ele que mandou construir, à entrada da vila, a fonte gótica com pedra de armas.
O Castelo foi parcialmente destruído no terramoto de 1755, bem como a parte velha da vila.